Letras voam de meus dedos como raras borboletas,
e semeiam as flores de ouvidos tão atentos
à beleza da linguagem esquecida dos poetas
em palavras que transcendem o vento e o tempo...
Nem ao sono dolorido de um soneto,
há tamanha lucidez que nos completa,
nem nas folhas coloridas de um caderno,
brilham asas tão bonitas e sinceras
Anjos voam invejando as suas danças
tão suaves que poucos as interpretam
na metamorfose de nossas lembranças
nas crisálidas de corações que pecam
Borboletas me ensinam a ser tão leve?
Que eu as faço meu poema mais singelo,
se pousares em meu ombro o mais breve
será meu amor pra sempre o mais eterno.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Circo e Flexa
Amores são
amores vão
amores vãos
amores sãos
as dores não
ardores tão
ar, dores, mãos...
árvores dão
algures chão
alturas hão
de entender e sentir
o circunflexo da vida.
amores vão
amores vãos
amores sãos
as dores não
ardores tão
ar, dores, mãos...
árvores dão
algures chão
alturas hão
de entender e sentir
o circunflexo da vida.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Amor de pássaros
Certas vezes o amor é como um pássaro,
belo e elegante, carinhoso e livre,
voa alto e enxerga longe,
viaja longas distâncias, selvagem
Quando tentamos aprisioná-lo
seu canto entristece, suas asas atrofiam,
pois a liberdade é um canto mudo
encravado na natureza da vida
Na leveza dos ventos, bandos se unem,
casais se encontram,
cantam juntos, voam juntos,
enxergam coisas diferentes na mesma direção...
No azul de um céu revoltado entendemos a complexidade
de querermos ser o todo, mas de sermos sempre uma partícula,
dessa estranha natureza que nos transcende,
de um amor de pássaro que está sempre além de nós.
belo e elegante, carinhoso e livre,
voa alto e enxerga longe,
viaja longas distâncias, selvagem
Quando tentamos aprisioná-lo
seu canto entristece, suas asas atrofiam,
pois a liberdade é um canto mudo
encravado na natureza da vida
Na leveza dos ventos, bandos se unem,
casais se encontram,
cantam juntos, voam juntos,
enxergam coisas diferentes na mesma direção...
No azul de um céu revoltado entendemos a complexidade
de querermos ser o todo, mas de sermos sempre uma partícula,
dessa estranha natureza que nos transcende,
de um amor de pássaro que está sempre além de nós.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Ombro Setembro Outubro
Outubro
Ombro
Setembro
Amigos
Antigos
Artigos
Solidão nunca mais
A razão é a porta de todos os males que libertam
A dor é a musa que respira a vida
Luta contínua, cansaço, desesperança
Criatividade suporta o silêncio provocando mudanças
Ouvindo claramente cada vez mais a própria voz
Conhecendo a si mesmo num completo vazio
Que ironicamente constrói
Muralhas e avesso
E a cada dia um imenso e novo começo
Imenso
Avesso
Começo
Mercado
Fragmentado
Silêncio
Cansaço
SA BA DÁ BA DO !
Ombro
Setembro
Amigos
Antigos
Artigos
Solidão nunca mais
A razão é a porta de todos os males que libertam
A dor é a musa que respira a vida
Luta contínua, cansaço, desesperança
Criatividade suporta o silêncio provocando mudanças
Ouvindo claramente cada vez mais a própria voz
Conhecendo a si mesmo num completo vazio
Que ironicamente constrói
Muralhas e avesso
E a cada dia um imenso e novo começo
Imenso
Avesso
Começo
Mercado
Fragmentado
Silêncio
Cansaço
SA BA DÁ BA DO !
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Flor lilás de minha loucura
A saudade tem me rasgado ao meio,
venha logo num caminho mais humano,
dependentes de um sistema falido
vamos todos buscando pedaços de loucura espalhados
na natureza do além espaço-tempo
toda glória condensada em vãos subliminares
num Iceberg de fogo da canção alimentada
Queime, arda, doa e afague a alma,
destes heróis a tanto tempo aprisionados
Nem deserto cabe em nossas ousadias
paro o tempo e lhe arranco outro pedaço,
flor lilás embebida em minha loucura
abra (feche) os olhos enquanto a bruxa baba as horas.
Por Johnny Nogueira dos Santos
A saudade tem me rasgado ao meio,
venha logo num caminho mais humano,
dependentes de um sistema falido
vamos todos buscando pedaços de loucura espalhados
na natureza do além espaço-tempo
toda glória condensada em vãos subliminares
num Iceberg de fogo da canção alimentada
Queime, arda, doa e afague a alma,
destes heróis a tanto tempo aprisionados
Nem deserto cabe em nossas ousadias
paro o tempo e lhe arranco outro pedaço,
flor lilás embebida em minha loucura
abra (feche) os olhos enquanto a bruxa baba as horas.
Por Johnny Nogueira dos Santos
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Castidade Profana
Sob a consciência de nossos corpos nus,
Éramos somente animais,
Não fazíamos idéia da intimidade a que chegávamos,
Mas já era tarde, já não havia espaço,
Entre a razão, o pudor e o instinto,
E a essência de nossa natureza falou mais alto...
Então compartilhamos nossos ouvidos, sentidos, olfatos, segredos,
O gosto de um espinho encravado em carne viva e suada,
Inflamando a dor suave daquele carinho,
Infinito desejo de ser um só corpo,
Não pertencíamos a ninguém e a lugar nenhum,
Nem mesmo a mais distante das galáxias imaginadas,
Éramos tudo e ao mesmo tempo nada,
No mesmo instante em que o tempo se apagava...
Éramos somente animais,
Não fazíamos idéia da intimidade a que chegávamos,
Mas já era tarde, já não havia espaço,
Entre a razão, o pudor e o instinto,
E a essência de nossa natureza falou mais alto...
Então compartilhamos nossos ouvidos, sentidos, olfatos, segredos,
O gosto de um espinho encravado em carne viva e suada,
Inflamando a dor suave daquele carinho,
Infinito desejo de ser um só corpo,
Não pertencíamos a ninguém e a lugar nenhum,
Nem mesmo a mais distante das galáxias imaginadas,
Éramos tudo e ao mesmo tempo nada,
No mesmo instante em que o tempo se apagava...
segunda-feira, 2 de março de 2009
Eu, ela e ninguém mais
Ninguém pode ver a paz em nosso silêncio
Nem o tempo que nos conhecemos
Ninguém pode ver o carinho em meus pensamentos
Nem a forma simples e grandiosa de seu ego
Ninguém sabe das histórias que passamos
Nem das madrugadas frias que dormimos
Ninguém saberia me dizer ao certo
Nem das poesias tristes que te deram
Ninguém viu os lugares encantados que sonhamos
Nem dos sofrimentos longos que sentimos
Ninguém viu as lágrimas que não caíram
Nem das mesmas que secando escorreram
Ninguém teve tanto medo de seus olhos
Nem do meu abraço quente e perdido
Ninguém terá conseguido tantas chances
Nem das oportunidades frágeis que omitimos
Ninguém ouve essas músicas que cantamos
Nem dos cantos pelos quais nos escondemos
Porque ninguém conhece os nossos medos
Nem dos quais nem mesmo nós percebemos
E ninguém mais conheceu nossos amores
Nem dos segredos que nunca confessamos
Nem das mágicas simples e possíveis que fizemos...
Nem o tempo que nos conhecemos
Ninguém pode ver o carinho em meus pensamentos
Nem a forma simples e grandiosa de seu ego
Ninguém sabe das histórias que passamos
Nem das madrugadas frias que dormimos
Ninguém saberia me dizer ao certo
Nem das poesias tristes que te deram
Ninguém viu os lugares encantados que sonhamos
Nem dos sofrimentos longos que sentimos
Ninguém viu as lágrimas que não caíram
Nem das mesmas que secando escorreram
Ninguém teve tanto medo de seus olhos
Nem do meu abraço quente e perdido
Ninguém terá conseguido tantas chances
Nem das oportunidades frágeis que omitimos
Ninguém ouve essas músicas que cantamos
Nem dos cantos pelos quais nos escondemos
Porque ninguém conhece os nossos medos
Nem dos quais nem mesmo nós percebemos
E ninguém mais conheceu nossos amores
Nem dos segredos que nunca confessamos
Nem das mágicas simples e possíveis que fizemos...
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Faz de conta que há sentido...
Faz de conta que a vida tem um sentido
E caminhamos numa estrada que nos leva a praia,
Há ruídos que ecoam distantes como uma música
E nos hipnotiza ao encontro do mar,
Sentamos na areia e observamos as gaivotas,
Bailarinas selvagens e elegantes,
É como se fosse um filme ou um bom livro,
Daqueles que nos penetra a alma,
Daqueles que nos arranca sorrisos
E lágrimas sabor manga...
Faz de conta que temos realmente um coração,
E que amamos como da primeira vez
Antes de tantos desencantos
Como aquelas crianças que brincam
Na inocência da água e da areia
Na arquitetura da antiarte insana
Faz de conta que não existe o tempo,
Que podemos ficar até mais tarde
Nos contradizendo sem receios
Trocando fantasias, sonhos ou desejos,
Sagrados e profanos
Discutindo sobre o sabor do morango com leite condensado,
Esperando mais uma vez o sol nascer...
Faz de conta que tudo isso é verdade
Faz de conta que a vida sem esse sonho faz sentido.
E caminhamos numa estrada que nos leva a praia,
Há ruídos que ecoam distantes como uma música
E nos hipnotiza ao encontro do mar,
Sentamos na areia e observamos as gaivotas,
Bailarinas selvagens e elegantes,
É como se fosse um filme ou um bom livro,
Daqueles que nos penetra a alma,
Daqueles que nos arranca sorrisos
E lágrimas sabor manga...
Faz de conta que temos realmente um coração,
E que amamos como da primeira vez
Antes de tantos desencantos
Como aquelas crianças que brincam
Na inocência da água e da areia
Na arquitetura da antiarte insana
Faz de conta que não existe o tempo,
Que podemos ficar até mais tarde
Nos contradizendo sem receios
Trocando fantasias, sonhos ou desejos,
Sagrados e profanos
Discutindo sobre o sabor do morango com leite condensado,
Esperando mais uma vez o sol nascer...
Faz de conta que tudo isso é verdade
Faz de conta que a vida sem esse sonho faz sentido.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Outro, Eu
Mordo um pedaço do tempo
Que de fato nem tenho
Sou o próprio verbo
Conjugado e escrito
Apagado e empoeirado
Na prateleira de um sebo
Sou o próprio papel em que escrevo
O lápis que se deita em meus dedos
Sou o poeta que não leio
As palavras que não falo
As que canto em pensamentos que berram
Sou o silêncio que traz o sono
Sou o tudo que desconheço
Sou os livros que me leram
A arrogância que desprezo
Às vezes eu mesmo, às vezes o outro
Ora avesso, ora in verso...
Tudo que seja descartável e eterno
Sou a distância entre este planeta
E o fim do universo
Que de fato nem tenho
Sou o próprio verbo
Conjugado e escrito
Apagado e empoeirado
Na prateleira de um sebo
Sou o próprio papel em que escrevo
O lápis que se deita em meus dedos
Sou o poeta que não leio
As palavras que não falo
As que canto em pensamentos que berram
Sou o silêncio que traz o sono
Sou o tudo que desconheço
Sou os livros que me leram
A arrogância que desprezo
Às vezes eu mesmo, às vezes o outro
Ora avesso, ora in verso...
Tudo que seja descartável e eterno
Sou a distância entre este planeta
E o fim do universo
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