Faz de conta que a vida tem um sentido
E caminhamos numa estrada que nos leva a praia,
Há ruídos que ecoam distantes como uma música
E nos hipnotiza ao encontro do mar,
Sentamos na areia e observamos as gaivotas,
Bailarinas selvagens e elegantes,
É como se fosse um filme ou um bom livro,
Daqueles que nos penetra a alma,
Daqueles que nos arranca sorrisos
E lágrimas sabor manga...
Faz de conta que temos realmente um coração,
E que amamos como da primeira vez
Antes de tantos desencantos
Como aquelas crianças que brincam
Na inocência da água e da areia
Na arquitetura da antiarte insana
Faz de conta que não existe o tempo,
Que podemos ficar até mais tarde
Nos contradizendo sem receios
Trocando fantasias, sonhos ou desejos,
Sagrados e profanos
Discutindo sobre o sabor do morango com leite condensado,
Esperando mais uma vez o sol nascer...
Faz de conta que tudo isso é verdade
Faz de conta que a vida sem esse sonho faz sentido.