Certas vezes o amor é como um pássaro,
belo e elegante, carinhoso e livre,
voa alto e enxerga longe,
viaja longas distâncias, selvagem
Quando tentamos aprisioná-lo
seu canto entristece, suas asas atrofiam,
pois a liberdade é um canto mudo
encravado na natureza da vida
Na leveza dos ventos, bandos se unem,
casais se encontram,
cantam juntos, voam juntos,
enxergam coisas diferentes na mesma direção...
No azul de um céu revoltado entendemos a complexidade
de querermos ser o todo, mas de sermos sempre uma partícula,
dessa estranha natureza que nos transcende,
de um amor de pássaro que está sempre além de nós.