Morde meus lábios e leva um pedaço da minha alma
que se regenera ao sentir as frestas de um sorriso seu
faço festa de um sorriso, um abraço e suspiro
a cada doce leve toque de suas mãos
Provocando os meus medos a cada abismo
seu misterioso olhar que não decifro
e reconquisto a cada dia a sutil mágica
do brilho que ilumina a farta sensibilidade
que já não mais nos falta
Tardes de arco íris nos celebram
em celestes e cromáticas alianças
natureza abençoa as virtudes que se revelam
e não mais relevam a nossa incansável esperança
Amuleto de palavras que escrevo em enquadramentos
dos maravilhosos dias que já não tem mais fim
já não me apego mais aquilo que aos poucos o tempo dissolve
carrego sonhos claros e insônias que já não me adoecem
seu carinho me atravessa como uma ponte para além do universo
e a cada letra que transpiro sinto a leve presença de você em mim...
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
A Teoria da Relatividade do Tempo e dos Sentidos
Certa vez, em uma dessas festinhas caseiras, que grupos de jovens costumam fazer quando seus pais dormem fora, ouvi um amigo nada sóbrio (ou talvez com um excesso de sobriedade) declarar enfático uma frase que a princípio me pareceu estranha:
"-Eu queria viver 20 anos como se fossem 2 dias".
Na hora nós todos rimos, talvez por estarmos todos num certo transe, mas no fundo todos entendiam o real significado da frase.
Muitos autores já escreveram maravilhosos textos sobre o tempo, sempre tive o conceito do Eterno Retorno do Nietzsche como um amuleto imaginário que me faz lembrar do quanto é importante dar valor ao nosso tempo, ao nosso agora:
2"E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?" (A Gaia Ciência)
Outro autor que gosto muito é o Ferreira Gullar, ele escreveu um poema chamado Poema Sujo que de certa forma fez ele atravessar a barreira do tempo e voltar para o Brasil, após o seu exílio na época da ditadura.
"...É impossível dizer
em quantas velocidades diferentes
se move uma cidade
a cada instante
(sem falar nos mortos
que voam para trás)
ou mesmo uma casa
onde a velocidade da cozinha
não é igual à da sala (aparentemente imóvel
nos seus jarros e bibelôs de porcelana)
nem à do quintal
escancarado às ventanias da época
e que dizer das ruas
de tráfego intenso e da circulação do dinheiro
e das mercadorias
desigual segundo o bairro e a classe, e da
rotação do capital
mais lenta nos legumes
mais rápida no setor industrial, e
da rotação do sono
sob a pele,
do sonho
nos cabelos?
e as tantas situações da água nas vasilhas
(pronta a fugir) a rotação
da mão que busca entre os pentelhos
o sonho molhado os muitos lábios
do corpo
que ao afago se abre em rosa, a mão
que ali se detém a sujar-se
de cheiros de mulher,
e a rotação
dos cheiros outros
que na quinta se fabricam
junto com a resina das árvores e o canto
dos passarinhos?
Que dizer da circulação
da luz solar
arrastando-se no pó debaixo do guarda-roupa
entre sapatos?
e da circulação
dos gatos pela casa
dos pombos pela brisa?..."
Há um tempo, li um artigo assinado por Airton Luiz Mendonça que falava sobre a rotina e sobre a nossa capacidade de colocarmos certas capacidades no "piloto automático" para podermos abrir espaço em nossas mentes para novos aprendizados:
"O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.
Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio, você começará a perder a noção do tempo.
Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.
Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:
Nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade. Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.
É quando você se sente mais vivo. Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e ‘apagando’ as experiências duplicadas. Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.
Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo. Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa, no lugar de repetir realmente a experiência)..."
http://intensidade.wordpress.com/2008/01/11/sobre-a-rotina-airton-luiz-mendonca/
Na correria da nossa vida moderna às vezes acabamos por deixar no piloto automático muitas coisas que deveriam ter um valor maior em nossas vidas, e não é fácil equilibrar a necessidade de estar atualizado com as novidades tecnológicas, as novidades midiáticas, nem as novidades culturais baseadas nessas duas anteriores, com a qualidade de vida, qualidade de sensibilidade, qualidade de conhecimento (sabedoria), etc...
A Teoria da Relatividade do Tempo e dos Sentidos
Às vezes é preciso ter os pés descalços
e quebrar o compasso em rítmos ímpares circulares
improvisar um novo caminho, andar de um novo jeito
aprender a esquecer e não ter tanto medo de errar
afinal buscamos verdades simples ou poder?
Sábio mesmo é aquele que sabe que nada sabe
e que com o tempo saberá o quanto sabe menos ainda
aquele que nada apenas para desfrutar da capacidade de seus músculos
aquele que voa como uma gaivota pelo simples sabor do vento
aquele que muda o caminho porque sente que caminha apenas dentro de si
aquele que sabe o quanto navegar nesse imenso mar
é necessário e impreciso
pelas cidades que oprimem em concretos os olhares
que competem em milhares de propagandas de carros
nas cidades que ensurdecem em ruídos
os ouvidos que já não distinguem os próprios passos
respire fundo e mergulhe na doce voz do silêncio
antes que a tempestade de ventos te cubra de responsabilidades
ajeite sua vela e aproveite a limonada do tempo
aproveite os seus dias como se fossem um último desejo
e o relativo tempo lhe será imensamente grato
e os seus dias frutificarão mais belos, suculentos e nutritivos,
para que você alimente a sua alma e o seu corpo em todos os sentidos.
"-Eu queria viver 20 anos como se fossem 2 dias".
Na hora nós todos rimos, talvez por estarmos todos num certo transe, mas no fundo todos entendiam o real significado da frase.
Muitos autores já escreveram maravilhosos textos sobre o tempo, sempre tive o conceito do Eterno Retorno do Nietzsche como um amuleto imaginário que me faz lembrar do quanto é importante dar valor ao nosso tempo, ao nosso agora:
2"E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?" (A Gaia Ciência)
Outro autor que gosto muito é o Ferreira Gullar, ele escreveu um poema chamado Poema Sujo que de certa forma fez ele atravessar a barreira do tempo e voltar para o Brasil, após o seu exílio na época da ditadura.
"...É impossível dizer
em quantas velocidades diferentes
se move uma cidade
a cada instante
(sem falar nos mortos
que voam para trás)
ou mesmo uma casa
onde a velocidade da cozinha
não é igual à da sala (aparentemente imóvel
nos seus jarros e bibelôs de porcelana)
nem à do quintal
escancarado às ventanias da época
e que dizer das ruas
de tráfego intenso e da circulação do dinheiro
e das mercadorias
desigual segundo o bairro e a classe, e da
rotação do capital
mais lenta nos legumes
mais rápida no setor industrial, e
da rotação do sono
sob a pele,
do sonho
nos cabelos?
e as tantas situações da água nas vasilhas
(pronta a fugir) a rotação
da mão que busca entre os pentelhos
o sonho molhado os muitos lábios
do corpo
que ao afago se abre em rosa, a mão
que ali se detém a sujar-se
de cheiros de mulher,
e a rotação
dos cheiros outros
que na quinta se fabricam
junto com a resina das árvores e o canto
dos passarinhos?
Que dizer da circulação
da luz solar
arrastando-se no pó debaixo do guarda-roupa
entre sapatos?
e da circulação
dos gatos pela casa
dos pombos pela brisa?..."
Há um tempo, li um artigo assinado por Airton Luiz Mendonça que falava sobre a rotina e sobre a nossa capacidade de colocarmos certas capacidades no "piloto automático" para podermos abrir espaço em nossas mentes para novos aprendizados:
"O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.
Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio, você começará a perder a noção do tempo.
Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.
Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:
Nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade. Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.
É quando você se sente mais vivo. Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e ‘apagando’ as experiências duplicadas. Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.
Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo. Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa, no lugar de repetir realmente a experiência)..."
http://intensidade.wordpress.com/2008/01/11/sobre-a-rotina-airton-luiz-mendonca/
Na correria da nossa vida moderna às vezes acabamos por deixar no piloto automático muitas coisas que deveriam ter um valor maior em nossas vidas, e não é fácil equilibrar a necessidade de estar atualizado com as novidades tecnológicas, as novidades midiáticas, nem as novidades culturais baseadas nessas duas anteriores, com a qualidade de vida, qualidade de sensibilidade, qualidade de conhecimento (sabedoria), etc...
A Teoria da Relatividade do Tempo e dos Sentidos
Às vezes é preciso ter os pés descalços
e quebrar o compasso em rítmos ímpares circulares
improvisar um novo caminho, andar de um novo jeito
aprender a esquecer e não ter tanto medo de errar
afinal buscamos verdades simples ou poder?
Sábio mesmo é aquele que sabe que nada sabe
e que com o tempo saberá o quanto sabe menos ainda
aquele que nada apenas para desfrutar da capacidade de seus músculos
aquele que voa como uma gaivota pelo simples sabor do vento
aquele que muda o caminho porque sente que caminha apenas dentro de si
aquele que sabe o quanto navegar nesse imenso mar
é necessário e impreciso
pelas cidades que oprimem em concretos os olhares
que competem em milhares de propagandas de carros
nas cidades que ensurdecem em ruídos
os ouvidos que já não distinguem os próprios passos
respire fundo e mergulhe na doce voz do silêncio
antes que a tempestade de ventos te cubra de responsabilidades
ajeite sua vela e aproveite a limonada do tempo
aproveite os seus dias como se fossem um último desejo
e o relativo tempo lhe será imensamente grato
e os seus dias frutificarão mais belos, suculentos e nutritivos,
para que você alimente a sua alma e o seu corpo em todos os sentidos.
Salvador Dali - O Tempo |
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
O Estômago do Tempo
Borboletas borbulham dentro
um estômago em espasmos rítmicos
letras que derramam pérolas
nas folhas secas de belas árvores
dois caminhos que se atravessam
e levam o peso sobre suas asas
insustentável leveza de tentáculos
natureza densa que se redescobre
desabrocha flores de canudos de plástico
desdobra a urgência da ciência em arte
invade o oceano do ímpulso da vontade
mergulhada em desejos românticos
na chuva intensa de nossas raízes
ná água flexível de nossos átomos
surrealismo incrível da felicidade
não há fumaça que alguém engula
que faça tanta cócega interna
quanto as borboletas de nossas vanguardas
não há química que abstraia
tanta certeza de se estar vivo
quanto o equilíbrio de um coração que brilha
o brilho sagrado da eternidade sem lembranças
pós conceito que liberta o desapego
fé no mistério que liberta o medo
sopro de vidas não engarrafáveis
afáveis virtualidades que já não vos cabem
espíritos transcendentes de plasmas
e de vidros de antigos monitores
raios catódicos que alimentam almas
dos enarmônicos mais obssessores
isto é só um voto de esperança
de um coração torturado ao telefone
que não pára de mover o moinho
mas auto já não há mais tantos sonhos mesquinhos
quando muito há sonhos
Cronos engoliu a si mesmo
quando Einsten mergulhou no relativo tempo
e ainda guerreamos entre os sagrados escritos de Darwin
mas já não haverá mais respostas para os enigmas
quando o mistério e a esperança já não forem necessários
um estômago em espasmos rítmicos
letras que derramam pérolas
nas folhas secas de belas árvores
dois caminhos que se atravessam
e levam o peso sobre suas asas
insustentável leveza de tentáculos
natureza densa que se redescobre
desabrocha flores de canudos de plástico
desdobra a urgência da ciência em arte
invade o oceano do ímpulso da vontade
mergulhada em desejos românticos
na chuva intensa de nossas raízes
ná água flexível de nossos átomos
surrealismo incrível da felicidade
não há fumaça que alguém engula
que faça tanta cócega interna
quanto as borboletas de nossas vanguardas
não há química que abstraia
tanta certeza de se estar vivo
quanto o equilíbrio de um coração que brilha
o brilho sagrado da eternidade sem lembranças
pós conceito que liberta o desapego
fé no mistério que liberta o medo
sopro de vidas não engarrafáveis
afáveis virtualidades que já não vos cabem
espíritos transcendentes de plasmas
e de vidros de antigos monitores
raios catódicos que alimentam almas
dos enarmônicos mais obssessores
isto é só um voto de esperança
de um coração torturado ao telefone
que não pára de mover o moinho
mas auto já não há mais tantos sonhos mesquinhos
quando muito há sonhos
Cronos engoliu a si mesmo
quando Einsten mergulhou no relativo tempo
e ainda guerreamos entre os sagrados escritos de Darwin
mas já não haverá mais respostas para os enigmas
quando o mistério e a esperança já não forem necessários
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
A Afabilidade Da Porta
Sentou-se na sala de espera e a observou pela fechadura.
Em seus braços haviam marcas de pequenos arranhões que mostravam sua afabilidade, sua fragilidade.
Ao perceber que era observada, vestiu suave e sensualmente suas peças e manteve o seu olhar misterioso e atento... Enquanto o tempo os dissolvia em cores expressionistas, a arte surpreendia as dores de suas contumácias. Enquanto o céu se abria em horizontes de portas que se mostravam leves e sem ruídos que os perturbassem. Tão sagrado quanto o abrigo que construíam despretensiosos, tão intensos e consistentes quanto eles se respeitavam.
Em seus braços haviam marcas de pequenos arranhões que mostravam sua afabilidade, sua fragilidade.
Ao perceber que era observada, vestiu suave e sensualmente suas peças e manteve o seu olhar misterioso e atento... Enquanto o tempo os dissolvia em cores expressionistas, a arte surpreendia as dores de suas contumácias. Enquanto o céu se abria em horizontes de portas que se mostravam leves e sem ruídos que os perturbassem. Tão sagrado quanto o abrigo que construíam despretensiosos, tão intensos e consistentes quanto eles se respeitavam.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Guitarras E Violinos
Guitarras elétricas gritavam ásperas
a espera de um brando violino
e agora a glória de um magnífico dueto
entre as cordas dos desejos que se afagam
Lilás veludo de uma voz suave
fogo que suspira o fôlego
sussurrando encantos de ouvido
sementes sagradas
regadas cuidadosamente
em vasos sanguíneos
extravasam o instinto
e umidecem os humildes
negros olhos que sorriem
em pequeninos prantos
os ousados de leites que não caem
Plantam em suas planícies
plenitudes de extensos horizontes
manhãs sucedem-se amadurecendo
um valioso, raro e esplêndido amor
Armadura de claves que em suas sutilezas
derretem as sórdidas armas alheias
Amadores de profissões em essência
frutíferas crônicas professando poemas
em sentidos que naturalmente se aliteram
em altas frequências que se libertam
em raízes de sonhos que se conquistam
entrelaços e passos que se acompanham
no fácil pulsar em que respiram
abençoadas melodias de guitarras e violinos.
a espera de um brando violino
e agora a glória de um magnífico dueto
entre as cordas dos desejos que se afagam
Lilás veludo de uma voz suave
fogo que suspira o fôlego
sussurrando encantos de ouvido
sementes sagradas
regadas cuidadosamente
em vasos sanguíneos
extravasam o instinto
e umidecem os humildes
negros olhos que sorriem
em pequeninos prantos
os ousados de leites que não caem
Plantam em suas planícies
plenitudes de extensos horizontes
manhãs sucedem-se amadurecendo
um valioso, raro e esplêndido amor
Armadura de claves que em suas sutilezas
derretem as sórdidas armas alheias
Amadores de profissões em essência
frutíferas crônicas professando poemas
em sentidos que naturalmente se aliteram
em altas frequências que se libertam
em raízes de sonhos que se conquistam
entrelaços e passos que se acompanham
no fácil pulsar em que respiram
abençoadas melodias de guitarras e violinos.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Oração Da Liberdade E Do Desapego
Ó Imensa Bondade e Pureza que habita o Infinito azul Celeste
Libertai-nos das nossas mais complexas ilusões
Ensina-nos a leveza do desapego
Para que não sejamos reféns dos nossos vícios
E que em cada novo aprendizado
Possamos nos aproximar cada vez mais das virtudes celestes
Ensina-nos a agradecer às dádivas mais simples
Como a saúde física, o respirar, o pensar, o pão e a água,
Ensina-nos a lapidar os dons mais íntimos a nós concedidos
Para que façamos o melhor em nossa missão aqui na Terra
Ensina-nos a partir sem culpa e a compartilhar sem medo
Ensina-nos a não desistir e a diferenciar amor próprio, de orgulho
E quando tivermos aprendido o suficiente em nossa passagem
Conforta os que aqui ficarem
com o amor fraterno de uma verdadeira amizade
Ensina-nos a humildade em cada pedra que há no caminho
Ensina-nos a paciência e que tudo passa e tem seu tempo
Que a saudade seja leve e que niguém se machuque
sem nada aprender
Ensina-nos a ser água neste planeta Terra.
Libertai-nos das nossas mais complexas ilusões
Ensina-nos a leveza do desapego
Para que não sejamos reféns dos nossos vícios
E que em cada novo aprendizado
Possamos nos aproximar cada vez mais das virtudes celestes
Ensina-nos a agradecer às dádivas mais simples
Como a saúde física, o respirar, o pensar, o pão e a água,
Ensina-nos a lapidar os dons mais íntimos a nós concedidos
Para que façamos o melhor em nossa missão aqui na Terra
Ensina-nos a partir sem culpa e a compartilhar sem medo
Ensina-nos a não desistir e a diferenciar amor próprio, de orgulho
E quando tivermos aprendido o suficiente em nossa passagem
Conforta os que aqui ficarem
com o amor fraterno de uma verdadeira amizade
Ensina-nos a humildade em cada pedra que há no caminho
Ensina-nos a paciência e que tudo passa e tem seu tempo
Que a saudade seja leve e que niguém se machuque
sem nada aprender
Ensina-nos a ser água neste planeta Terra.
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