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A boa é minha, ou a boa é nossa?
Compartilhemos a
bossa insólita da boa nova
A bondade já não
precisa mais estar sozinha
quer o vôo leve
de um pássaro eternamente jovem
De um lado a
juventude corre e sofre
em busca de um
futuro tão distante
Do outro o ágil
tempo que escorre
flácido e
abstrato rindo de nossas mãos
Como fragmentos
estilhaçados em lisérgica sincronia
A natureza humana
é essencialmente a boêmia
Trabalho,
contratos, já não serão tão necessários
A solidez da
solidariedade já não se cabe em solidão
Apolo abraça
Dionisio em sincera gratidão
A lua se inverte
como uma vírgula fora do contexto
Enquanto testa o
reflexo do fogo em linhas tortas
Deuses da vasta
harmonia caótica dos séculos
O perfume dos
espíritos que transcendem novos verbos
O sexo é a sede
incessante da vida de improvisos
No torpor
imprevisível o sono apático da razão
Anjos e dragões
de fogo protegem o povo em seus escudos
O amor já não
precisa da espada para ser forte
O amor está a
margem do instinto e do sangue
Troca e sente a
dor do incêndio da razão pulsante
Explicação
errante em vasta sapiência inerte
na experiência
ressoando além dos livros
a poesia
irregular dos ventos
a boemia é a
sensualidade da irmandade
a liberdade do
movimento das asas ancestrais da humanidade
em cantos de pássaros sob a luz da cidade noturna
entre putas e santos em busca da nostálgica ternura
em cantos de pássaros sob a luz da cidade noturna
entre putas e santos em busca da nostálgica ternura