A sólida matéria de novos sonhos explicam
o quanto o mundo mudo parece intangível
acorda sofrendo o suor de um vão pesadelo
na dor lancinante que tarda ao esquecimento
e cega o amor com a dura razão insensível
um medo invisível tornou-se vão e insuportável
em casas, cavernas, casulos não evoluídos
dissolvem-se egos num voo febril solitário
o vasto lar doce lar que descobre o espaço
a vida que planta estrelas brilhando em seu pranto
o calor que aquece seu corpo no abraço da terra
as sementes que brotam o perfume em densa matéria
absorvem arquétipos tensos num buraco negro
o tempo que escorre sedento entre nossos dedos
o desejo não pede o limite de um único orgasmo
e transcende sua dor pela falta do eterno abraço
dialogando os nossos monóxidos ecos monólogos
o fogo da vida contido no ovo e no óvulo
movimento eterno da evolução do enredo
erros e acertos contemplam-se enquanto completam
vivendo bem mais do que o mais do mais do mais do mais do mesmo
o rio correndo é completamente um outro fluxo
Quadro de Salvador Dali vejam também a sintonia harmônica no texto deste blog: http://ruthalbanita.blogspot.com.br/2011/12/o-outro-lado-da-vidraca.html |
Quadro de Salvador Dali vejam também a sintonia harmônica no texto deste blog: http://ruthalbanita.blogspot.com.br/2011/12/o-outro-lado-da-vidraca.html |
e a casa absorve a colheita que merecermos
a garoa lembrando a abundância dessa natureza
do beijo as gotas que escorregam em nosso corpo
o sentido preciso em viver para não ser perdido
transformando e evoluindo ao tempero dos ventos
a parte da arte que o nosso espírito sente
a intuição que transcende os nossos caminhos
o equilíbrio que engole a vontade na razão de um sonho
nas cartas sagradas do Yage que encontramos
os segredos da vida de um jovem Davi reinando