quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Encara Colados

Enrolados em meus cachos eu lhe acho
encontrando em novos contos finos traços

seus dedos em meus braços e perfume que absorvo
me entorpeço e já não peço e nem penso
quantos medos que me fervem mas disfarço


Minha febre que aqueçe a sua pele
minha sede que me seca e me invade
minha fome que cantando satisfaço
a saudade mais saudável e suave

o bordado das estrelas em seus detalhes

O sorvete em um cálice me bebe
um poema livre já não mais me cala

liberdade de voar além das torres
e correr ao longe de intenções amargas
um sorriso de bebê que nos protege
palavras belas que transcendem a fala

Cada grão de areia de nossas conversas
se convergem na ampulheta de além sonhos

nossa música mistura-se nas peças
novas brincadeiras que nós inventamos
profecias esclarecem nossos atos

apóstolos que apostam o nosso tempo
construímos dons sinceros decifrando

Cada verso que seu coração me inspira
na respiração que sinto de seus olhos
cada tijolinho que minha mão transpira
poesia que transborda além meus poros


Que Deus abençoe e leve a cada dia
lindo que amadureço ao seu lado

que proteja cada dom de nossas vidas
e dissipe sempre todo mal que façam
a si mesmos pois tão longe nós voamos

e os rumores vãos se destruindo fracos

Que se encontrem
e que se amem
e que se for sincero e divino
anjos digam
amém.


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