A última esperança
é a primeira certeza
de que enquanto houver a vida
também haverá beleza
Homens que constroem traços e esboços,
rascunhos amarelados
que dissolvem-se no tempo
constroem laços que transpassam
estéticas, artefatos, palavras,
prédios cada vez mais altos,
mas ainda nada tão espantoso
quanto a arquitetura de uma borboleta
quanto a liberdade de uma libélula
A razão às vezes também é um ópio
que nos cega os olhares mais óbvios
olhos que podem ouvir estrelas
olhos que degustam doces e salgados
sorrisos e lágrimas, dores amargas,
olhos que sonham que brotam milagres
nos sinais quase imperceptíveis em anjos
de vozes suaves
Brilha azul mente sem lembranças
mente à mente que completamente senta
que assenta e sente o rítmo improvisado
da dança em que o erro é parte integrante
dança dos dias que nos movem em tangos
notas dos ventos que nos cantam encantos
enquanto novas dúvidas caem pelos cantos
e as velhas dívidas de amor se desfazem
Virgem que bebe nas águas da fonte
onde incrédula a certeza nasce
e incertos dançamos no olimpo
dos nossos sonhos mortos
mas ainda assim jamais desperdiçados
Nossa Jhonny! Te admiro amigo! Te admiro, por ser assim, tão inteligente e sábio. Como descreveu tão bem detalhes da vida humana, a esperança que precisamos sempre, pra nos sentir bem e seguros... A vulnerabilidade de nossas vidas, esse "poder" de criar e sermos criaturas e jamais superarmos o CRIADOR de todas as coisas. Os sentimentos, nossa força, nossa fraqueza...Muito bom esse texto. Parabéns!
ResponderExcluirSou obrigada a plagiar a Ná: "Nossa Jhonny! Te admiro..."
ResponderExcluirÉ fato, os homens não fizeram e talvez nunca façam:
"nada tão espantoso
quanto a arquitetura de uma borboleta
quanto a liberdade de uma libélula"
E a razão tem o habito de virar um tipo de ópio, por isso não confio nela rsrsr
Lindas palavras... talvez a poesia seja ainda a maior conquista humana!