Não engula a morfina que eles vomitam
diretamente em seu esôfago
pela cápsula transmissora de dejetos
pelos alto falantes que perfuram
cada vez mais as entranhas de seu cérebro.
Deixe as agulhas perfurarem a sua cabeça
até o limite de seus olhos
até que você enxergue a sua culpa
de ser apenas uma engrenagem lubrificada
Consuma tudo aquilo que desce facilmente
em sua garganta arrombada
por cada nó de nãos cegos de injustiça
cuidadosamente apertados um em cima do outro
em caros transportes públicos que caem aos pedaços
Segure-se firme, pois há um único espaço
para somente uma de suas mãos
e mesmo que você caia não irá perceber
pois todos estão no mesmo nível do teu chão
Mas sofra só o suficiente para se mobilizar
o suficiente para desejar explodir a tudo e a todos
inclusive a você mesmo
como aqueles terroristas que eles pintam
com chifres vermelhos em sua tv
E depois de ter sofrido o suficiente
injete a sua última morfina duramente acolchoada
e viva a maravilha de sua vida de conforto e prosperidade
limitados pelos círculos longínquos e eternos de seus sonhos.
2° possível título: "Teoria para medir a largura da garganta pública".
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Anjos me levem / Novo Dígito
Anjos que me levem
meu espírito é leve
e vejo olhares tão puros
e claros quanto a neve
Dos meus caminhos já não temo mais
a dor alegre de um sorriso em febre
meu vício de amar cada detalhe
no breve olhar
em que o mundo me escreve
Não peço mais do que essa vida
e a arte de transfigurar olhares
em cores que brilhem
em vastos e novos horizontes
novos frutos de velhas sementes
Eu viveria pela eternidade
de uma simples pêra,
do mais simples doce,
da mais humilde vida de sabores,
lágrimas de recém-nascidos a cada instante,
pelo simples prazer de se estar vivo
por sentir o divino sopro de uma juventude,
o pulsar do sangue, o rio que corre
infinitamente único
em nossos lençóis subterrâneos
águas que seguem sempre em frente
quente em meu peito o eterno big bang
a cada inspiração de átomos
a cada gota de orvalho que transpiro
janelas que se abrem como páginas de um livro
que agora leio em voz alta e levemente desafinada:
"Como é boa a sensação de se estar vivo".
Novo Dígito
Para todo cansaço
um colo quente, macio
para todo sufoco
um suspiro, um sorriso,
um poema que te anime,
um carinho que te inspire...
Amizades, amores,
todo ombro que te afague,
te abra os olhos
para todos os enganos
que dissolvem agora
em um novo sonho
um novo dígito
horizontes que se abraçam
no infinito.
meu espírito é leve
e vejo olhares tão puros
e claros quanto a neve
Dos meus caminhos já não temo mais
a dor alegre de um sorriso em febre
meu vício de amar cada detalhe
no breve olhar
em que o mundo me escreve
Não peço mais do que essa vida
e a arte de transfigurar olhares
em cores que brilhem
em vastos e novos horizontes
novos frutos de velhas sementes
Eu viveria pela eternidade
de uma simples pêra,
do mais simples doce,
da mais humilde vida de sabores,
lágrimas de recém-nascidos a cada instante,
pelo simples prazer de se estar vivo
por sentir o divino sopro de uma juventude,
o pulsar do sangue, o rio que corre
infinitamente único
em nossos lençóis subterrâneos
águas que seguem sempre em frente
quente em meu peito o eterno big bang
a cada inspiração de átomos
a cada gota de orvalho que transpiro
janelas que se abrem como páginas de um livro
que agora leio em voz alta e levemente desafinada:
"Como é boa a sensação de se estar vivo".
Novo Dígito
Para todo cansaço
um colo quente, macio
para todo sufoco
um suspiro, um sorriso,
um poema que te anime,
um carinho que te inspire...
Amizades, amores,
todo ombro que te afague,
te abra os olhos
para todos os enganos
que dissolvem agora
em um novo sonho
um novo dígito
horizontes que se abraçam
no infinito.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
À Flor da Pele / Lilásas Abertas
À Flor da Pele
De tanto penar
cresceram minhas asas
e minha pena desliza agora
na correnteza dos ventos
meus medos já não mais me calam
e digo alto e em firmes passos
convicto de que tudo é tão incerto
minha pele aflora seus pequenos gestos
tímidos olhares que buscam-se em reflexos
o conforto em não naufragar-se
de não voar em vão em altos amares
Lilásas Abertas
Ao dizer seu nome
o lilás de suas asas
pousou em meu peito
E voando contigo
num jardim florido
senti os seus dedos
Seu coração aflito
seu sorriso tímido
me dissolveu por inteiro
em seus medos
Meu coração ferido
nossos destinos sofridos
esperam chegar seu tempo
De voar ao longe
e ao abrir as asas
colorir de paz azul e lilás
o céu e o mar dos nossos receios
De tanto penar
cresceram minhas asas
e minha pena desliza agora
na correnteza dos ventos
meus medos já não mais me calam
e digo alto e em firmes passos
convicto de que tudo é tão incerto
minha pele aflora seus pequenos gestos
tímidos olhares que buscam-se em reflexos
o conforto em não naufragar-se
de não voar em vão em altos amares
Lilásas Abertas
Ao dizer seu nome
o lilás de suas asas
pousou em meu peito
E voando contigo
num jardim florido
senti os seus dedos
Seu coração aflito
seu sorriso tímido
me dissolveu por inteiro
em seus medos
Meu coração ferido
nossos destinos sofridos
esperam chegar seu tempo
De voar ao longe
e ao abrir as asas
colorir de paz azul e lilás
o céu e o mar dos nossos receios
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
No trem
Aproximadamente 15 dias
antes de meu pai morrer,
no ano de 1989, ele escreveu esse texto.
Até hoje quando o leio,
sinto que é como se eu conversasse diretamente com ele:
7:31 hs No trem
Não dá pra descrever o quanto está lindo o dia hoje. Estou aqui no trem rumo à Pinheiros, olhando pela janela (coisa que nunca faço) e tudo está tão bonito, que se guardasse na memória p/ te dizer talvez esquecesse, por isso estou escrevendo, mais tarde irei te ver e contar tudo que vi:
Um céu azul como nunca antes, um sol brilhante, mas não muito quente temperado, talvez pelo clima. Os carros a trafegar numa ordem, uma ordem divina, como pôde o homem fazer tal coisa?
Os arranha céus num esquadro sensacional, dando um show de geometria.
E esse trem a uns 80 Km/h me mostrando tudo isso só o homem não conseguiria tal feito.
Por isso agradeço a Deus, e peço perdão por colocar essa beleza em meus olhos e só vir dar sentido hoje.
Escreveria muito mais, mas estou chegando.
antes de meu pai morrer,
no ano de 1989, ele escreveu esse texto.
Até hoje quando o leio,
sinto que é como se eu conversasse diretamente com ele:
7:31 hs No trem
Não dá pra descrever o quanto está lindo o dia hoje. Estou aqui no trem rumo à Pinheiros, olhando pela janela (coisa que nunca faço) e tudo está tão bonito, que se guardasse na memória p/ te dizer talvez esquecesse, por isso estou escrevendo, mais tarde irei te ver e contar tudo que vi:
Um céu azul como nunca antes, um sol brilhante, mas não muito quente temperado, talvez pelo clima. Os carros a trafegar numa ordem, uma ordem divina, como pôde o homem fazer tal coisa?
Os arranha céus num esquadro sensacional, dando um show de geometria.
E esse trem a uns 80 Km/h me mostrando tudo isso só o homem não conseguiria tal feito.
Por isso agradeço a Deus, e peço perdão por colocar essa beleza em meus olhos e só vir dar sentido hoje.
Escreveria muito mais, mas estou chegando.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Beija a Flor e Colhe o Brilho
Colírio, ou colibri,
Não sei o que vi,
Cegueira instantânea
Textura de cores
Que acariciam a alma
Voando distante
Bem dentro de mim
Janelas e portas
Nossa percepção
Ao silêncio aberta
E ao vasto delírio
De palavras sutis...
Finos dedos abraçados
Inocência encontrada
Em laços floridos
Colorindo sorrisos
Amizade escolhida
Saudade sofrida
Paraísos sen(sem)ti
Dedicado à Larissa
Não sei o que vi,
Cegueira instantânea
Textura de cores
Que acariciam a alma
Voando distante
Bem dentro de mim
Janelas e portas
Nossa percepção
Ao silêncio aberta
E ao vasto delírio
De palavras sutis...
Finos dedos abraçados
Inocência encontrada
Em laços floridos
Colorindo sorrisos
Amizade escolhida
Saudade sofrida
Paraísos sen(sem)ti
Dedicado à Larissa
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Pequenos Grãos Psicobélicos
Numa respiração boca a boca
retirou a bala que estava alojada em pensamentos
Com uma metralhadora de flores
se protegeu dos ataques de corações incompre e insensíveis
Em quadros multi-coloridos
mostrou seus alvos psicobelicamente estratégicos
Amou e desarmou com a simplicidade de um sorriso
Tranquilamente em dourados e angelicais passos
conquistou o território dos sonhos
Com olhos de gaivota e suas asas de borboleta
espionou a arquitetura dos medos
sequestrando a capacidade de reagirem à sua ternura
fuzilou com a sua consciência búdica
de guerrear com a arte de um grão poema.
retirou a bala que estava alojada em pensamentos
Com uma metralhadora de flores
se protegeu dos ataques de corações incompre e insensíveis
Em quadros multi-coloridos
mostrou seus alvos psicobelicamente estratégicos
Amou e desarmou com a simplicidade de um sorriso
Tranquilamente em dourados e angelicais passos
conquistou o território dos sonhos
Com olhos de gaivota e suas asas de borboleta
espionou a arquitetura dos medos
sequestrando a capacidade de reagirem à sua ternura
fuzilou com a sua consciência búdica
de guerrear com a arte de um grão poema.
Meus Ressentimentos / Desaprendendo A Dirigir / Queimando Freios
Todas as pancadas que levei
por manter as minhas mãos atadas às suas
me faz manter agora o freio de mão puxado
e por mais que eu viva momentos intensos de alegria plena
é como se meu pulsar batesse
como uma âncora em minha alma
sinto que minha liberdade em relação à isso
não seja só questão de tempo
pois me faltam parâmetros essênciais
para sentir a alquimia orgânica do mundo
fazendo com que tudo se torne intensamente mágico novamente
É como se eu tivesse que desaprender a dirigir,
ou a andar de bicicleta, para poder seguir em frente
e acreditar que um dia eu encontre alguém
que saiba amar sem necessitar ter as mãos atadas às minhas
Vejo agora que a solidão que eu tanto fugi
é o grande dom que eu ainda não havia conseguido compreender
No estado que estou tudo é tão entorpecidamente racional
que não me surpreendo mais com o organismo natural
detalhado e meticulosamente mecânico que é o ser humano
E a mágica, aquela coisa realmente valiosa,
acaba ficando só na paixão pelo desconhecido
mero dom platônico de se imaginar o reflexo narcisista
que um grande amor poderia ironicamente me arrebater
mas enquanto esta flor ainda voa
psicobelicamente nos sons que se propagam
ocos e metálicos ecos da minha mente
sou todo timbres e cores e perfumes que me reciclam a alma
fragmentos de paixões que foram quebrados em pequenos cacos
que se um dia por acaso dos astros,
ou de qualquer improbabilidade da vida forem colados,
poderei recuperar a mesma capacidade de amar
como se meus ressentimentos ainda fossem virgens
ou maduros o suficiente
para aprender, quando é preciso aprender
e aprender a desaprender,
quando é preciso aprender a esquecer.
Inspirado neste poema do Fernando Pessoa:
Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas
(Enlacemos as mãos.)
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.
Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.
Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abrac,os e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.
Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento -
Este momento em que sossegadamente nao cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.
Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-as de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.
E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.
por manter as minhas mãos atadas às suas
me faz manter agora o freio de mão puxado
e por mais que eu viva momentos intensos de alegria plena
é como se meu pulsar batesse
como uma âncora em minha alma
sinto que minha liberdade em relação à isso
não seja só questão de tempo
pois me faltam parâmetros essênciais
para sentir a alquimia orgânica do mundo
fazendo com que tudo se torne intensamente mágico novamente
É como se eu tivesse que desaprender a dirigir,
ou a andar de bicicleta, para poder seguir em frente
e acreditar que um dia eu encontre alguém
que saiba amar sem necessitar ter as mãos atadas às minhas
Vejo agora que a solidão que eu tanto fugi
é o grande dom que eu ainda não havia conseguido compreender
No estado que estou tudo é tão entorpecidamente racional
que não me surpreendo mais com o organismo natural
detalhado e meticulosamente mecânico que é o ser humano
E a mágica, aquela coisa realmente valiosa,
acaba ficando só na paixão pelo desconhecido
mero dom platônico de se imaginar o reflexo narcisista
que um grande amor poderia ironicamente me arrebater
mas enquanto esta flor ainda voa
psicobelicamente nos sons que se propagam
ocos e metálicos ecos da minha mente
sou todo timbres e cores e perfumes que me reciclam a alma
fragmentos de paixões que foram quebrados em pequenos cacos
que se um dia por acaso dos astros,
ou de qualquer improbabilidade da vida forem colados,
poderei recuperar a mesma capacidade de amar
como se meus ressentimentos ainda fossem virgens
ou maduros o suficiente
para aprender, quando é preciso aprender
e aprender a desaprender,
quando é preciso aprender a esquecer.
Inspirado neste poema do Fernando Pessoa:
Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas
(Enlacemos as mãos.)
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.
Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.
Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abrac,os e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.
Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento -
Este momento em que sossegadamente nao cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.
Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-as de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.
E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Sétima Oração
Eu só
quero sua felicidade
estou só sempre fui só
e agora só querendo a sua
felicidade
sou todo tolo e insisto
em desejar sua felicidade
repito
desejo sua felicidade
ao mesmo tempo em que me libertei
jamais estarei livre disso
de querer essa sua felicidade
por muito tempo eu me ancorei
e com as mãos atadas as suas
naufraguei contigo
mas agora só
quero sua felicidade
de longe assisto e insisto
seja feliz por si só
não se apegue a nada
que possa te machucar
seja forte, saudável,
nosso corpo não é eterno
nossos vícios nos levam para infernos
absorva só os dons sinceros que constroem sua felicidade
toda alegria que couber
toda lágrima que secar
todo o tempo que passar ainda será pouco
e eu vou querer a sua felicidade
A cada 7 semanas 7 meses
Dias de curinga
seja feliz seja feliz seja feliz
seja feliz seja feliz seja feliz seja feliz
Eu sou só
só eu sou
e estou feliz
por ter aprendido contigo
a compartilhar a minha solidão
por ter aprendido a ser só
um, cem, mil e um milhão.
quero sua felicidade
estou só sempre fui só
e agora só querendo a sua
felicidade
sou todo tolo e insisto
em desejar sua felicidade
repito
desejo sua felicidade
ao mesmo tempo em que me libertei
jamais estarei livre disso
de querer essa sua felicidade
por muito tempo eu me ancorei
e com as mãos atadas as suas
naufraguei contigo
mas agora só
quero sua felicidade
de longe assisto e insisto
seja feliz por si só
não se apegue a nada
que possa te machucar
seja forte, saudável,
nosso corpo não é eterno
nossos vícios nos levam para infernos
absorva só os dons sinceros que constroem sua felicidade
toda alegria que couber
toda lágrima que secar
todo o tempo que passar ainda será pouco
e eu vou querer a sua felicidade
A cada 7 semanas 7 meses
Dias de curinga
seja feliz seja feliz seja feliz
seja feliz seja feliz seja feliz seja feliz
Eu sou só
só eu sou
e estou feliz
por ter aprendido contigo
a compartilhar a minha solidão
por ter aprendido a ser só
um, cem, mil e um milhão.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
A Esperança (Tradução de Haroldo de Campos)
Injete sangue no meu coração,
enche-me até o bordo das veias!
Mete-me no crânio pensamentos!
Não vivi até o fim o meu bocado terrestre,
sobre a terra
não vivi o meu bocado de amor.
Eu era gigante de porte, mas para que este tamanho?
Para tal trabalho basta uma polegada.
Com um toco de pena, eu rabiscava papel,
num canto do quarto, encolhido,
como um par de óculos dobrado dentro do estojo.
Mas tudo que quiserdes eu farei de graça:
esfregar,
lavar,
escovar,
flanar,
montar guarda.
Posso, se vos agradar, servir-vos de porteiro.
Há, entre vós, bastantes porteiros?
Eu era um tipo alegre,
mas que fazer da alegria,
quando a dor é um rio sem vau?
Em nossos dias,
se os dentes vos mostrarem não é senão para vos morder ou dilacerar.
O que quer que aconteça,
nas aflições,
pesar...
Chamai-me!
Um sujeito engraçado pode ser útil.
Eu vos proporei charadas, hipérboles e alegorias,
malabares dar-vos-ei em versos.
Eu amei... mas é melhor não mexer nisso.
Te sentes mal?
Tanto pior...
Gosta-se, afinal, da própria dor.
Vejamos...
Amo também os bichos -
vós os criais,
em vossos parques?
Pois, tomai-me para guarda dos bichos.
Gosto deles.
Basta-me ver um desses cães vadios,
como aquele de junto à padaria,
um verdadeiro vira-lata!
e no entanto,
por ele,
arrancaria meu próprio fígado: Toma, querido, sem cerimónia, come!
Vladimir Maiakovski
enche-me até o bordo das veias!
Mete-me no crânio pensamentos!
Não vivi até o fim o meu bocado terrestre,
sobre a terra
não vivi o meu bocado de amor.
Eu era gigante de porte, mas para que este tamanho?
Para tal trabalho basta uma polegada.
Com um toco de pena, eu rabiscava papel,
num canto do quarto, encolhido,
como um par de óculos dobrado dentro do estojo.
Mas tudo que quiserdes eu farei de graça:
esfregar,
lavar,
escovar,
flanar,
montar guarda.
Posso, se vos agradar, servir-vos de porteiro.
Há, entre vós, bastantes porteiros?
Eu era um tipo alegre,
mas que fazer da alegria,
quando a dor é um rio sem vau?
Em nossos dias,
se os dentes vos mostrarem não é senão para vos morder ou dilacerar.
O que quer que aconteça,
nas aflições,
pesar...
Chamai-me!
Um sujeito engraçado pode ser útil.
Eu vos proporei charadas, hipérboles e alegorias,
malabares dar-vos-ei em versos.
Eu amei... mas é melhor não mexer nisso.
Te sentes mal?
Tanto pior...
Gosta-se, afinal, da própria dor.
Vejamos...
Amo também os bichos -
vós os criais,
em vossos parques?
Pois, tomai-me para guarda dos bichos.
Gosto deles.
Basta-me ver um desses cães vadios,
como aquele de junto à padaria,
um verdadeiro vira-lata!
e no entanto,
por ele,
arrancaria meu próprio fígado: Toma, querido, sem cerimónia, come!
Vladimir Maiakovski
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
"...It's a big thing, everything your heart honestly desires"
Every little thougths you pulse inside your mind
Every little dream that your heart can try
It's a big thing, it's a miracle of the universe,
Every little thing that moves
At the most soft wind
That flies in peace in the night
Every little dream that your heart can try
It's a big thing, it's a miracle of the universe,
Every little thing that moves
At the most soft wind
That flies in peace in the night
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
A matéria do ambiente abstrato
Poderíamos mudar o mundo, ganhar troféus, ficar milionários,Poderíamos voar, inventar, liderar, explodir,
Mas somos poetas demais para viver assim,
Ou vivos demais para se importar com isso,
Não poderíamos jamais construir igrejas,
Nossas palavras ainda que não rimadas seriam incompreensíveis,
Em qualquer cubo fechado de memória apática,
Somos para aqueles que orquestram ao ar livre,
Seja erudito na alma ou vil no coração,
Como um nome que é lembrado, mas em essência esquecido,
Poderíamos sentir felicidade e nunca tristeza,
Melancolia e nunca alegria,
Mas nos equilibramos no peso em cada asa,
Houve aqueles que se perderam é claro,
Como outros que se cortaram,
Mas essa tormenta que nos aflige não é fraqueza,
É em muitas vezes a musa que nos liberta,
Não poderíamos jamais nos limitar a isso,
Nem mesmo a nossa hipocrisia seria tão indulgente,
Como o tédio que se encontra nesse circulo longínquo
Como a metamorfose dessas células mórbidas e inconscientes...
Dedicado à Van Gogh
Leon Redbone - When You Wish Upon A Star
When you wish upon a star
Makes no difference who you are
Anything your heart desires
Will come to you
If your heart is in your dream
No request is too extreme
When you wish upon a star
Like dreamers do
Fate is kind
She brings to those who love
The sweet fulfillment of
Their secret longing
Like a bolt out of the blue
Fate steps in and pulls you through
When you wish upon a star
Your dreams come true
Mas somos poetas demais para viver assim,
Ou vivos demais para se importar com isso,
Não poderíamos jamais construir igrejas,
Nossas palavras ainda que não rimadas seriam incompreensíveis,
Em qualquer cubo fechado de memória apática,
Somos para aqueles que orquestram ao ar livre,
Seja erudito na alma ou vil no coração,
Como um nome que é lembrado, mas em essência esquecido,
Poderíamos sentir felicidade e nunca tristeza,
Melancolia e nunca alegria,
Mas nos equilibramos no peso em cada asa,
Houve aqueles que se perderam é claro,
Como outros que se cortaram,
Mas essa tormenta que nos aflige não é fraqueza,
É em muitas vezes a musa que nos liberta,
Não poderíamos jamais nos limitar a isso,
Nem mesmo a nossa hipocrisia seria tão indulgente,
Como o tédio que se encontra nesse circulo longínquo
Como a metamorfose dessas células mórbidas e inconscientes...
Dedicado à Van Gogh
Van Gogh Abril de 1882 |
Leon Redbone - When You Wish Upon A Star
When you wish upon a star
Makes no difference who you are
Anything your heart desires
Will come to you
If your heart is in your dream
No request is too extreme
When you wish upon a star
Like dreamers do
Fate is kind
She brings to those who love
The sweet fulfillment of
Their secret longing
Like a bolt out of the blue
Fate steps in and pulls you through
When you wish upon a star
Your dreams come true
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Céu de Pequenas Flores
♣
♣♣
♣♣♣
me afogo e entrego em seus mares♣♣
♣♣♣
♣♣♣♣
Canção suave soa leve
tarde em seus braços
toda tarde
eu laço as nuvens de seu céu
me entorpeço, embriago,
tarde em seus braços
toda tarde
eu laço as nuvens de seu céu
me entorpeço, embriago,
meu jovem peito, tranquilo, in tenso,
sou céu, sou seu, sou uni versos,
solto em espaços perco os passos,
vícios da minha razão pulsante
loucura tola de tantos sábios
tudo gira
todas as canções que nos rodeiam
nos magnetizam os frutos
todas as canções que nos rodeiam
nos magnetizam os frutos
que plantamos
e colhemos
e colhemos
em nosso tempo.
♣♣♣♣♣♣
♣♣♣♣♣♣♣♣♣♣♣♣♣♣♣
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Doce Novembro
Doce novembro, primavera ao meio
ao centro de meu peito outra rosa nasce
amizades que envelhecem e lembram
dos amares de fraternos laços
Tudo é música, poesia e cores
em nossas páginas amareladas
sonhadores olhos, corações heróicos,
a distância é um mero espinho que dissolve o tempo
e o espaço abstrato entre os nossos corpos
ilusões de dimensões que solitariamente se abraçam
e a certeza de que nunca esquecerei
da sua amizade...
"E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho que se voltou mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho.
Tu és bem bonita.
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o príncipe, estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa.
Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- O que quer dizer cativar ?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa.
Significa criar laços...
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa.
Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens necessidade de mim.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo... Mas a raposa voltou a sua idéia:
- Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.
E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil.
Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro.
E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado.
O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principe, mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me!
Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa.
Mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
ao centro de meu peito outra rosa nasce
amizades que envelhecem e lembram
dos amares de fraternos laços
Tudo é música, poesia e cores
em nossas páginas amareladas
sonhadores olhos, corações heróicos,
a distância é um mero espinho que dissolve o tempo
e o espaço abstrato entre os nossos corpos
ilusões de dimensões que solitariamente se abraçam
e a certeza de que nunca esquecerei
da sua amizade...
"E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho que se voltou mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho.
Tu és bem bonita.
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o príncipe, estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa.
Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- O que quer dizer cativar ?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa.
Significa criar laços...
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa.
Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens necessidade de mim.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo... Mas a raposa voltou a sua idéia:
- Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.
E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil.
Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro.
E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado.
O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principe, mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me!
Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa.
Mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
domingo, 31 de outubro de 2010
Lúcidos Sem Descalços Dai-nos
Malabares para os ares, que hoje é tempo de voar...
dessa vez sem tóxicos, sem meios plásticos,
A cidade queima as rugas e os tetos de imensos lares,
sobrevoamos os concretos em busca de olhares
lúcidos sem descalços dai-nos
todas as flores que plantamos abaixo
de nossos pés que dançam em novos rádios
ahh somos filhos do vento e do ar
nossa poeira vai pueirificar
nossos céus em nuvens de diamantes
nossa casa, nossa barca, nosso sol,
nosso brilho em tudo ao nosso redor...
LINK DO FILME UMA LIÇÃO DE AMOR
dessa vez sem tóxicos, sem meios plásticos,
A cidade queima as rugas e os tetos de imensos lares,
sobrevoamos os concretos em busca de olhares
lúcidos sem descalços dai-nos
todas as flores que plantamos abaixo
de nossos pés que dançam em novos rádios
ahh somos filhos do vento e do ar
nossa poeira vai pueirificar
nossos céus em nuvens de diamantes
nossa casa, nossa barca, nosso sol,
nosso brilho em tudo ao nosso redor...
LINK DO FILME UMA LIÇÃO DE AMOR
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Malabares para os ares
Malabares para os ares que hoje é tempo de voar
sem tóxicos, sem meios plásticos
nossas asas sobrevoam imensos lares
A cidade queima os tetos e as rugas de tantos olhares
um perfume me entorpece em poemas
que há tanto tempo dedos não me movem
o lápis solta as frases
como a sede em largos goles
primavera desabrocha em novas flores
Tenho apenas esse humilde rico e pobre
que me arranca em outras realidades
e me invade, me comove, deságua, dissolve
as mais belas cores de seus olhos
Um poema, um milagre, beijos, arte
ansiedade de beijar-te
cuidar de seus medos
e voar pra sempre sem culpar-se
te provar o quanto é belo e verdadeiro
o sentimento que nasce em mim
Foto por Roger H. Sassaki
http://www.flickr.com/photos/rogerhs/
http://farm4.static.flickr.com/3347/3477303133_353d4c9daf.jpg
sem tóxicos, sem meios plásticos
nossas asas sobrevoam imensos lares
A cidade queima os tetos e as rugas de tantos olhares
um perfume me entorpece em poemas
que há tanto tempo dedos não me movem
o lápis solta as frases
como a sede em largos goles
primavera desabrocha em novas flores
Tenho apenas esse humilde rico e pobre
que me arranca em outras realidades
e me invade, me comove, deságua, dissolve
as mais belas cores de seus olhos
Um poema, um milagre, beijos, arte
ansiedade de beijar-te
cuidar de seus medos
e voar pra sempre sem culpar-se
te provar o quanto é belo e verdadeiro
o sentimento que nasce em mim
Foto por Roger H. Sassaki
http://www.flickr.com/photos/rogerhs/
http://farm4.static.flickr.com/3347/3477303133_353d4c9daf.jpg
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Até mesmo em um poema...
Quanta poesia cabe num coração aprisionado por um céu cinzento?
Se for a loucura certamente beberei essas páginas até não caber mais...
Palavras e palavras se misturam, mas é só aqui que vejo
Um cais pra quem precisa voltar e amar, voar acima dessas nuvens cinzas
Mas sei que não adianta só se lamentar sem se alimentar
a dor do tempo nos mata as horas e o nosso corpo tem que transcenderformar
e já não tenho medo de ir embora de deixar todo planeta de sonhos
se tantos anjos e poetas e escritores e pintores e atores e tantos mais
tiveram que carregar tanto fardo por tanto tempo pra nos abençoar
eu só queria mais poesia nesse cinza, mais natureza, mais alegria
pintar um quadro abstrato todo dia, fazer poesia na vida dos outros,
e esquecer de tudo que não é a natureza, até mesmo em um poema.
Se for a loucura certamente beberei essas páginas até não caber mais...
Palavras e palavras se misturam, mas é só aqui que vejo
Um cais pra quem precisa voltar e amar, voar acima dessas nuvens cinzas
Mas sei que não adianta só se lamentar sem se alimentar
a dor do tempo nos mata as horas e o nosso corpo tem que transcenderformar
e já não tenho medo de ir embora de deixar todo planeta de sonhos
se tantos anjos e poetas e escritores e pintores e atores e tantos mais
tiveram que carregar tanto fardo por tanto tempo pra nos abençoar
eu só queria mais poesia nesse cinza, mais natureza, mais alegria
pintar um quadro abstrato todo dia, fazer poesia na vida dos outros,
e esquecer de tudo que não é a natureza, até mesmo em um poema.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Canção
O peso do mundo
é o amor.
Sob o fardo
da solidão,
sob o fardo
da insatisfação
o peso
o peso que carregamos
é o amor.
Quem poderia negá-lo?
Em sonhos
nos toca
o corpo,
em pensamentos
constrói
um milagre,
na imaginação
aflige-se
até tornar-se
humano —
sai para fora do coração
ardendo de pureza —
pois o fardo da vida
é o amor,
mas nós carregamos o peso
cansado
se assim temos que descansar
nos braços do amor
finalmente
temos que descansar nos braços
do amor.
Nenhum descanso
sem amor,
nenhum sono
sem sonhos
de amor —
esteja eu louco ou frio,
obcecado por anjos
ou por máquinas,
o último desejo
é o amor
— não pode ser amargo
não pode ser negado
não pode ser contido
quando negado:
o peso é demasiado
— deve dar-se
sem nada de volta
assim como o pensamento
é dado
na solidão
em toda a excelência
do seu excesso.
Os corpos quentes
brilham juntos
na escuridão,
a mão se move
para o centro da carne,
a pele treme na felicidade
e a alma sobe
feliz até o olho —
sim, sim,
é isso o que
eu queria,
eu sempre quis,
eu sempre quis
voltar ao corpo
em que nasci.
Allen Ginsberg
Irwin Allen Ginsberg (Newark, Nova Jersey, 3 de junho de 1926 – 5 de abril de 1997) foi um poeta americano da geração beat, que ficou conhecido pelo seu livro de poesia Howl (1956).
Allen Ginsberg foi uma criança complicada e tímida, dominada pelos estranhos e assustadores episódios de sua mãe, uma mulher completamente paranóica, que acreditava que o mundo conspirava contra ela. Ao mesmo tempo, Allen teve que lutar para compreender o que estava acontecendo dentro dele, já que era consumido pela luxúria de outros meninos de sua idade.
Na escola secundária, descobriu a poesia, mas logo ao ingressar na Universidade de Columbia, fez amizade com um grupo de jovens delinquentes, filósofos de almas selvagens (entre eles Jack Kerouac), obcecados igualmente por drogas, sexo e literatura. Ao mesmo tempo em que ajudava os amigos a desenvolverem os seus talentos literários, Allen perdia de vez a sua ingenuidade, experimentando drogas, freqüentando bares gays em Greenwich Village e vivendo seus affairs homossexuais.
Assumindo um estilo de vida bizarro, como se procurasse em si mesmo a face da loucura de sua mãe, Ginsberg acabou em tratamento psiquiátrico. Aos 29 anos, ele já tinha escrito muita poesia, mas quase nada publicado. Ele ganhou popularidade a partir de 1955, com o seu poema Howl (considerado por muitos, obsceno e pornográfico, assim como o seu autor...). Howl (Uivo) foi o livro de poesia mais vendido da história dos EUA, tendo vendido mais de 1 milhão de exemplares em pouco tempo, e foi seguido por vários outros poemas importantes, como Kaddish, onde ele faz uma espécie de auto-exorcismo, escrevendo sobre a loucura e morte de sua mãe. Por esse período, Ginsberg viaja o mundo, descobre o budismo e se apaixona por Peter Orlovsky, que seria seu companheiro por 30 anos, embora sua relação não fosse monógama.
No início dos anos 60, enquanto sua celebridade crescia, ele se lança na cena hippie, ajuda Timothy Leary a divulgar o psicodélico LSD e participa de uma lista incrivelmente grande de eventos, como o Human Be-In, em 1967, em San Francisco, onde ele é um dos que conduzem a multidão cantando o mantra OM. Ginsberg é também figura-chave nos protestos contra a guerra do Vietnã na Convenção do Partido Democrático de Chicago, em 1968. Após conhecer o guru tibetano Rinpoche, Ginsberg aceita-o como seu guru pessoal. Depois, juntamente com a poeta Anne Waldman, cria uma escola de poesia. Sempre participando de eventos multiculturais, Ginsberg manteve sua agenda social ativa até a sua morte, em 5 de abril de 1997, em Nova Iorque.
Ginsberg tinha muitos fãs, entre eles Jim Morrison, do grupo The Doors. Morrison era tão viciado nas poesias e obras dele que dizia escrever suas músicas após ter lido algum de seus poemas. Sabe-se que Ginsberg e a banda The Clash eram fãs recíprocos. O poeta fez uma participação especial na música Ghetto Defendant, cantando ao lado de Joe Strummer trechos de um de seus poemas. Ian Astbury, lider da banda The Cult e amigo pessoal dos músicos dos The Clash, que recitava Howl(Uivo) no inicio dos shows, é um grande propagador da obra de Ginsberg, ao qual dedicou a música Bodihsatwa, do seu album solo Cream, que fala sobre zen-budismo e poetas beat.
Meu entendimento do poema:
1º Ato
Creio que a analogia que a palavra peso tenta representar
seja algo como, motivo, essência, impulso primordial,
a solidão, a insatisfação, foram os conflitos necessários
para existir o mundo e para esse mundo ser feito de amor.
2º Ato
Nada que existe no mundo pode negar a própria essência,
pois até em sonhos somos o amor que transcende as barreiras
da imaginação, do pudor, do medo, da distância, da solidão
e nos mostra que nossa essência é feita de amor.
A dor e o cansaço são alguns dos parâmetros medidores do amor,
a dor, a aflição de uma saudade, são o que nos torna essencialmente humanos,
e o amor é o que nos torna essencialmente divinos.
3º Ato
O amor pode estar transfigurado em vários aspectos
em forma de amor pelo outro,
que normalmente é mais amor por si mesmo
e em forma de amor por um sonho
que normalmente é um amor por si mesmo disfarçado
de amor pelo outro, por querer mudar o mundo com uma idéia nova.
O amor é tão natural que não pode ser negado, nem contido,
deve ser dado na mesma naturalidade que um pensamento é pensado
involuntariamente em toda sua excelência e abundância.
4º Ato
Mesmo na mais completa escuridão o amor de maneira abstrata ainda brilha
o brilho eterno de todas as vidas e caminhos que se cruzaram com as pessoas amadas
o sexo é como o fio da meada, o elo que conecta as almas às suas ancestralidades,
fazendo com que a gente reconheça de onde viemos e para onde voltaremos.
é o amor.
Sob o fardo
da solidão,
sob o fardo
da insatisfação
o peso
o peso que carregamos
é o amor.
Quem poderia negá-lo?
Em sonhos
nos toca
o corpo,
em pensamentos
constrói
um milagre,
na imaginação
aflige-se
até tornar-se
humano —
sai para fora do coração
ardendo de pureza —
pois o fardo da vida
é o amor,
mas nós carregamos o peso
cansado
se assim temos que descansar
nos braços do amor
finalmente
temos que descansar nos braços
do amor.
Nenhum descanso
sem amor,
nenhum sono
sem sonhos
de amor —
esteja eu louco ou frio,
obcecado por anjos
ou por máquinas,
o último desejo
é o amor
— não pode ser amargo
não pode ser negado
não pode ser contido
quando negado:
o peso é demasiado
— deve dar-se
sem nada de volta
assim como o pensamento
é dado
na solidão
em toda a excelência
do seu excesso.
Os corpos quentes
brilham juntos
na escuridão,
a mão se move
para o centro da carne,
a pele treme na felicidade
e a alma sobe
feliz até o olho —
sim, sim,
é isso o que
eu queria,
eu sempre quis,
eu sempre quis
voltar ao corpo
em que nasci.
Allen Ginsberg
Irwin Allen Ginsberg (Newark, Nova Jersey, 3 de junho de 1926 – 5 de abril de 1997) foi um poeta americano da geração beat, que ficou conhecido pelo seu livro de poesia Howl (1956).
Allen Ginsberg foi uma criança complicada e tímida, dominada pelos estranhos e assustadores episódios de sua mãe, uma mulher completamente paranóica, que acreditava que o mundo conspirava contra ela. Ao mesmo tempo, Allen teve que lutar para compreender o que estava acontecendo dentro dele, já que era consumido pela luxúria de outros meninos de sua idade.
Na escola secundária, descobriu a poesia, mas logo ao ingressar na Universidade de Columbia, fez amizade com um grupo de jovens delinquentes, filósofos de almas selvagens (entre eles Jack Kerouac), obcecados igualmente por drogas, sexo e literatura. Ao mesmo tempo em que ajudava os amigos a desenvolverem os seus talentos literários, Allen perdia de vez a sua ingenuidade, experimentando drogas, freqüentando bares gays em Greenwich Village e vivendo seus affairs homossexuais.
Assumindo um estilo de vida bizarro, como se procurasse em si mesmo a face da loucura de sua mãe, Ginsberg acabou em tratamento psiquiátrico. Aos 29 anos, ele já tinha escrito muita poesia, mas quase nada publicado. Ele ganhou popularidade a partir de 1955, com o seu poema Howl (considerado por muitos, obsceno e pornográfico, assim como o seu autor...). Howl (Uivo) foi o livro de poesia mais vendido da história dos EUA, tendo vendido mais de 1 milhão de exemplares em pouco tempo, e foi seguido por vários outros poemas importantes, como Kaddish, onde ele faz uma espécie de auto-exorcismo, escrevendo sobre a loucura e morte de sua mãe. Por esse período, Ginsberg viaja o mundo, descobre o budismo e se apaixona por Peter Orlovsky, que seria seu companheiro por 30 anos, embora sua relação não fosse monógama.
No início dos anos 60, enquanto sua celebridade crescia, ele se lança na cena hippie, ajuda Timothy Leary a divulgar o psicodélico LSD e participa de uma lista incrivelmente grande de eventos, como o Human Be-In, em 1967, em San Francisco, onde ele é um dos que conduzem a multidão cantando o mantra OM. Ginsberg é também figura-chave nos protestos contra a guerra do Vietnã na Convenção do Partido Democrático de Chicago, em 1968. Após conhecer o guru tibetano Rinpoche, Ginsberg aceita-o como seu guru pessoal. Depois, juntamente com a poeta Anne Waldman, cria uma escola de poesia. Sempre participando de eventos multiculturais, Ginsberg manteve sua agenda social ativa até a sua morte, em 5 de abril de 1997, em Nova Iorque.
Ginsberg tinha muitos fãs, entre eles Jim Morrison, do grupo The Doors. Morrison era tão viciado nas poesias e obras dele que dizia escrever suas músicas após ter lido algum de seus poemas. Sabe-se que Ginsberg e a banda The Clash eram fãs recíprocos. O poeta fez uma participação especial na música Ghetto Defendant, cantando ao lado de Joe Strummer trechos de um de seus poemas. Ian Astbury, lider da banda The Cult e amigo pessoal dos músicos dos The Clash, que recitava Howl(Uivo) no inicio dos shows, é um grande propagador da obra de Ginsberg, ao qual dedicou a música Bodihsatwa, do seu album solo Cream, que fala sobre zen-budismo e poetas beat.
Meu entendimento do poema:
1º Ato
Creio que a analogia que a palavra peso tenta representar
seja algo como, motivo, essência, impulso primordial,
a solidão, a insatisfação, foram os conflitos necessários
para existir o mundo e para esse mundo ser feito de amor.
2º Ato
Nada que existe no mundo pode negar a própria essência,
pois até em sonhos somos o amor que transcende as barreiras
da imaginação, do pudor, do medo, da distância, da solidão
e nos mostra que nossa essência é feita de amor.
A dor e o cansaço são alguns dos parâmetros medidores do amor,
a dor, a aflição de uma saudade, são o que nos torna essencialmente humanos,
e o amor é o que nos torna essencialmente divinos.
3º Ato
O amor pode estar transfigurado em vários aspectos
em forma de amor pelo outro,
que normalmente é mais amor por si mesmo
e em forma de amor por um sonho
que normalmente é um amor por si mesmo disfarçado
de amor pelo outro, por querer mudar o mundo com uma idéia nova.
O amor é tão natural que não pode ser negado, nem contido,
deve ser dado na mesma naturalidade que um pensamento é pensado
involuntariamente em toda sua excelência e abundância.
4º Ato
Mesmo na mais completa escuridão o amor de maneira abstrata ainda brilha
o brilho eterno de todas as vidas e caminhos que se cruzaram com as pessoas amadas
o sexo é como o fio da meada, o elo que conecta as almas às suas ancestralidades,
fazendo com que a gente reconheça de onde viemos e para onde voltaremos.
Brilho Eterno
Eu guardo um pedaço do céu
pra gente voar junto
quando você chegar
Para cantar com os pássaros e os anjos
o brilho eterno, mais belo e suave do sol
E flutuarmos em carinho em milhões de cores
Ritmar suas mágoas
em sorrisos ímpar
e limpar todas as suas lágrimas
Todas as minhas melodias e poemas
são amuletos que me lembram sua alma
todos os meus poros transpiram por seus beijos
Quando estamos juntos
e a nossa luz se encontra
desbota tudo ao redor
E eu sinto tão forte
que tudo foi feito pelo sol
e eu sinto que o sol explode dentro de mim
e eu sei de onde vim e pra onde vou...
pra gente voar junto
quando você chegar
Para cantar com os pássaros e os anjos
o brilho eterno, mais belo e suave do sol
E flutuarmos em carinho em milhões de cores
Ritmar suas mágoas
em sorrisos ímpar
e limpar todas as suas lágrimas
Todas as minhas melodias e poemas
são amuletos que me lembram sua alma
todos os meus poros transpiram por seus beijos
Quando estamos juntos
e a nossa luz se encontra
desbota tudo ao redor
E eu sinto tão forte
que tudo foi feito pelo sol
e eu sinto que o sol explode dentro de mim
e eu sei de onde vim e pra onde vou...
Algo Mais
A partir de agora
só o tempo,
o silêncio . :
"Endurecer sem perder la ternura"
amar a si mesma
sem endurecer
e amadurecer
se há algo mais
'ande depressaa vida tem algomais para lhe dar'
Algo mais...
Poemas às vezes são como pequenas orações
orações soltas e irregulares
Mas desta vez rompeu-se de vez
o meu silêncio
e até não sei quando me calo
voando em minhas periferias
meus garranchos tortos
o complexo nexo inexplicável
dessa agonia
só o tempo,
o silêncio . :
"Endurecer sem perder la ternura"
amar a si mesma
sem endurecer
e amadurecer
se há algo mais
'ande depressaa vida tem algomais para lhe dar'
Algo mais...
Poemas às vezes são como pequenas orações
orações soltas e irregulares
Mas desta vez rompeu-se de vez
o meu silêncio
e até não sei quando me calo
voando em minhas periferias
meus garranchos tortos
o complexo nexo inexplicável
dessa agonia
sábado, 2 de outubro de 2010
Velhas Cócegas
Cócegas no estômago a todo instante
pelo simples fato de se estar vivo
seduzido pela liberdade
do sabor do vento em meus caminhos
amores que me corrompem
e há mares que me absorvem
em estradas que assim acompanham
os meus quase vinte e tantos anos
tropecei na sorte onisciente
dessas bibliotecas flutuantes
de todos os livros que me completam
agregando ir mãos pluri-valores
jamais pretensos ou redundantes
estas nossas insônias incessantes
e o nosso vaso raso em sono profundo
neste mundo de sonhos Hierofante
nestas rosas de frases flamejantes
em minha rota de árvores,
e árvores, e árvores, e árvores...
Poema de auto feliz aniversário
pelo simples fato de se estar vivo
seduzido pela liberdade
do sabor do vento em meus caminhos
amores que me corrompem
e há mares que me absorvem
em estradas que assim acompanham
os meus quase vinte e tantos anos
tropecei na sorte onisciente
dessas bibliotecas flutuantes
de todos os livros que me completam
agregando ir mãos pluri-valores
jamais pretensos ou redundantes
estas nossas insônias incessantes
e o nosso vaso raso em sono profundo
neste mundo de sonhos Hierofante
nestas rosas de frases flamejantes
em minha rota de árvores,
e árvores, e árvores, e árvores...
Poema de auto feliz aniversário
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Manto Sagrado Condensado Para Desilusolhos
A poesia me reencontra
e nos descobre das mentiras
pois o amor se tornou agora um fio que estica
enquanto apoio a pena leve que flui em azul
de soltas palavras que curam o escuro
amargo mau cheiro falso
me envolve em seu anjo manto manjo
agora o sentido inverso e desilusolhos
decepa a decepção solitários fragmedos
que afagam meu coração.
Para Denise Lima Vaz voltando do show do Hurtmold com Paulo Santos do UAKTI
e nos descobre das mentiras
pois o amor se tornou agora um fio que estica
enquanto apoio a pena leve que flui em azul
de soltas palavras que curam o escuro
amargo mau cheiro falso
me envolve em seu anjo manto manjo
agora o sentido inverso e desilusolhos
decepa a decepção solitários fragmedos
que afagam meu coração.
Para Denise Lima Vaz voltando do show do Hurtmold com Paulo Santos do UAKTI
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Birds and Butterflies
Birds and butterflies
Flowers and purple skies
Strawberry trees have been figure out me
What a wonderful thousand thougths free
we paint right inside our mind
As your mouth gently weeps
the powerful honey when you speak
The most beautiful words I've never hear...
Flowers and purple skies
Strawberry trees have been figure out me
What a wonderful thousand thougths free
we paint right inside our mind
As your mouth gently weeps
the powerful honey when you speak
The most beautiful words I've never hear...
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Às de copas do mundo
Há muita luz no amor
há muito sol além
a noite escura foi
algo de bom ficou
há resposta, eu sei
Asas ao vento vão
abrir os olhos sem
arder no coração...
Amizade escutou,
arte a transformou,
ao te curar tão bem (também)
Ao voar nestes fios
ao pousar em você
alma já misturou
ao filtrar outra vez
Aves são sempre assim
às vezes migram sem
avistar tempo bom...
Apenas,
às penas,
aprendem a prender
abraços em
amor fraterno
a dor acima
além, transcende o ego.
Há muito amor na luz.
há muito sol além
a noite escura foi
algo de bom ficou
há resposta, eu sei
Asas ao vento vão
abrir os olhos sem
arder no coração...
Amizade escutou,
arte a transformou,
ao te curar tão bem (também)
Ao voar nestes fios
ao pousar em você
alma já misturou
ao filtrar outra vez
Aves são sempre assim
às vezes migram sem
avistar tempo bom...
Apenas,
às penas,
aprendem a prender
abraços em
amor fraterno
a dor acima
além, transcende o ego.
Há muito amor na luz.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Alimento, prisão e liberdade
Amor meu grande amor
o último e o primeiro
olhar que desvia em prisões
que te alimentam
Perdoe os meus abismos frios
questionamentos e provocações
meu jeito de amar é assim
uma constante necessidade de evolução
Não quero te machucar
como a dor me ensina
mas te proteger e te ajudar a entender
seus próprios abrigos
Ainda restam sonhos claramente lúcidos
a nós poetas redundantes
quebraremos regras e faremos ainda tantas guerras
Mas serão semeadas e colhidas nossas promessas
enquanto houver o amor que nos envenena e nos liberta.
o último e o primeiro
olhar que desvia em prisões
que te alimentam
Perdoe os meus abismos frios
questionamentos e provocações
meu jeito de amar é assim
uma constante necessidade de evolução
Não quero te machucar
como a dor me ensina
mas te proteger e te ajudar a entender
seus próprios abrigos
Ainda restam sonhos claramente lúcidos
a nós poetas redundantes
quebraremos regras e faremos ainda tantas guerras
Mas serão semeadas e colhidas nossas promessas
enquanto houver o amor que nos envenena e nos liberta.
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